Por Leila Krüger
Pensei sobre o que escrever para a coluna da semana. Algo diferente, não necessariamente sobre o Covid.
Entretanto, olhei para os lados, para as telas de computador e celular, e vi que estamos literalmente no “Vale da Sombra da Morte”, todo o RS sob bandeira preta, UTIs lotadas no país inteiro, uma nova onda com um vírus mais agressivo e contagioso.
Como não ter medo?
Como não se sentir à deriva?
Como não escrever sobre o Covid e suas muitas mutações?
Há a guerra das vacinas – China prepara mais três ou quatro, coronavac tem apenas 50% de eficácia na primeira dose e pessoas já foram infectadas após esta), Brasil comprando vacina da Índia, a Oxford britânica, Sputnik V da Rússia, a Pfizer, com maior eficácia, esperando para ser adquirida em meio a um conflito entre Governo Federal e secretarias de saúde estaduais.
Escrevo esta coluna da praia, em SC. Não imaginava que a situação fosse piorar tanto, vim tirar férias. Enquanto estava aqui, piorou. Assim como o mar com bandeira preta vem de repente, ela veio. O mar com bandeira preta é perigosíssimo para se entrar e a bandeira preta no RS e em outros lugares no Brasil nos deixa acuados.
O pesadelo não acabou.
Quantos meses ou anos vão durar as mutações do coronavírus? É uma guerra biológica? O início do fim? Quem sabe, uma oportunidade para quem souber enxergar bem. Além da bandeira preta, do mar revolto e hostil, fatal.
Hora de pensar mais em nossa própria saúde, em quem amamos, no valor da vida. Mais do que nunca, hora de cumprir todos os protocolos de segurança do governo, conforme a cor da bandeira de onde você se encontrar. Para muita gente, o “corona” ainda é uma bobagem, estão exagerando, não é tudo isso…
E os fatos nos mostrando o contrário.
Cuide bem de você mesmo(a). Cuide bem de quem você ama. E cuide bem de todo mundo, com máscara e álcool-gel corretamente utilizados, isolamento na medida do possível, desista das aglomerações, alimente-se bem, tomar vitaminas ajuda, não acredite em tudo o que falam, tampouco não desacredite de tudo, mantenha-se informado(a).
Você e eu agora somos soldados. O inimigo é invisível e imprevisível. Hora de dar as mãos, não dando – um trocadilho para evitar o contato físico com outras pessoas, mantendo-as sempre higienizadas com álcool-gel ou sabão e água.
Hora de colocar o capacete, o colete à prova de balas, calçar as botas e se munir de todas as armas disponíveis. A prevenção é a mais eficiente delas.
Vamos atravessar juntos. Esperar a bandeira ficar vermelha, depois branca. Vai passar.
Vai passar, mas é hora de você lutar comigo.–
